Paranormal
Paranormal
ou Fenómenos paranormales ("à margem" ou "ao lado de" o normal) , é o nome ou adjectivo, que se utiliza para qualificar aqueles fenómenos que contradizem as leis naturais. Baixo esse termo agrupam-se também as disciplinas que tentam os estudar.
Conteúdo
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Descrição
Uma definição frequentemente utilizada na literatura científica é a de James E. Alcock (1981):
[1]
Um fenómeno paranormal é aquele que:
- Não tem sido explicado em termos da ciência actual;
- Unicamente pode-se explicar mediante uma ampla revisão dos princípios de base da ciência;
- Não é compatível com a norma das percepciones, das crenças e das expectativas referentes à realidade.
Fenómenos paranormales
Exemplos de supostos fenómenos paranormales são a telepatía (ou capacidade de comunicar com o pensamento ou ler o de outra pessoa), a psicoquinesis (ou capacidade de mover objectos com a vontade mas sem tocá-los), a adivinación em suas múltiplas formas, a comunicação com os espíritos, a percepción extrasensorial (que pode incluir a algumas das anteriores), presenças de fantasmas,posses, reencarnaciones e outros supostos fenómenos sobrenaturales pós-mórtem, bem como disciplinas e pseudociencias como aastrología, a leitura do Tarot e outros oráculos, a brujería, a magia e o esoterismo, medicinas alternativas e movimentos tais como oteosofismo e o New Age bem como certas crenças orientais adaptadas ao mundo ocidental.
Uma definição mais ampla pode incluir:
- Ufología
- Criptozoología
- Demonología
- supostos mistérios que não são tais (como o triângulo das Bermudas).
O número de supostos fenómenos é quase inesgotável:
entre outros.
Difusão actual
No final do século XX, a crença no paranormal difundiu-se consideravelmente, com milhares de livros e secções inteiras de livrarias dedicados ao tema, revistas, um sinfín de filmes e de séries de televisão como The X-Files, Supernatural, a série Fringe ou a Dimensão Desconhecida e programas de difusão tais como Quarto Milénio , tambien se pode incluir programas de radiodifusion como ``((A Rosa dos Ventos)``.
Segundo um estudo de Gallup
[2]
em 2005 em EE. UU., 73% dos interrogados criam em ao menos um de dez fenómenos paranormales incluídos na encuesta..
Os fenómenos eram os seguintes (número de respostas positivas entre parênteses):
- percepción extrasensorial (41%)
- casas embrujadas (37%)
- fantasmas (32%)
- telepatía (31%)
- adivinación do futuro (26%)
- astrología (25%)
- bruxas (21%)
- comunicação com os mortos (21%)
- reencarnación (20%)
- canalización de entidades espirituais (9%).
Investigação e métodos
A investigação dos fenómenos paranormales, e ainda mais sua interpretação, é com frequência problemática, por ser difícil de encaixar no âmbito das pautas metodológicas e as teorias científicas estabelecidas. Apesar desta dificuldade, estudos sobre o paranormal são periodicamente realizados por cientistas de diferentes disciplinas, em várias universidades. Deve ter-se em conta que só cabe qualificar como "paranormales" precisamente aqueles factos para os que não se pôde encontrar explicação causal empregando a metodología da ciência positiva, a qual é, por tanto, de obrigatória aplicação prévia no processo -multidiciplinar- de determinação de todo suposto fenómeno paranormal. A investigação desta classe de acontecimentos constitui o campo do telefonema parapsicología, com termo acuñado pelo alemão Max Dessoir em substituição do nome "Metapsíquica", dado anteriormente por Charles Richet.
A Parapsicología tem suas raízes em investigações realizadas desde a segunda metade do século XIX por ilustres científicos (Charles Richet, Oliver Lodge, William Crookes, William Barrett e outros). Começou-se a utilizar o enfoque experimental no Laboratório de Parapsicología da Universidade de Duke (Carolina do Norte, USA) na década de 1930, baixo a direcção de J. B. Rhine (1895 - 1980), quem utilizou as "cartas Zenner" (uma série de cartões com desenhos de cinco símbolos), e dados especiais, para experimentos orientados a constatar e encontrar uma correlação estatística em manifestações de percepción extrasensorial.
Em 1957, em EE. UU. foi fundada a Parapsychological Association para o estudo organizado e sistémico dos fenómenos deste tipo. Em 1969 foi admitida na prestigiosa Associação Estadounidense para o Avanço da Ciência. Essa afiliación, junto com uma abertura maior para os fenómenos psíquicos na década de 1970, deu lugar a um aumento da investigação parapsicológica. Durante este tempo, outras organizações com o mesmo fim também se fundaram, entre elas a Academia de Parapsicología e Medicina (1970), o Instituto de Paraciencia (1971), a Academia de Religião e investigação psíquica, o Instituto de Ciências Noéticas (1973), e a Associação Internacional de Investigação Kirlian (1975). A cada um destes grupos realizaram experimentos sobre temas paranormales em diversos graus. Diversos trabalhos Parapsicológicos realizaram-se também no Instituto de Investigação de Stanford durante este tempo.
O estudo do paranormal encontra-se em general com a dificuldade de estudar cientificamente o fenómeno, ainda que em algumas universidades é estudado usando métodos experimentales; essa dificuldade causa que ainda não se encontra dentro de nenhum campo aceitado pela maioria da comunidade científica. Os supostos fenómenos são por tanto difíceis de caracterizar e explicar inclusive se supõem-se reais.
Actualmente a psicologia maioritariamente não se adere aos postulados da parapsicología. Em 1978 o catedrático de psiquiatría checo Stanislav Grof, radicado em EE. UU., funda a "Associação Transpersonal Internacional" impulsionando o estudo e a investigação dos estados modificados da consciência. Seu contribua à Parapsicología tem sido basicamente o conceber a consciência humana, não só como um mero produto de nosso cérebro, senão como algo que pode existir de um modo transmaterial, e que trascendería por tanto os limites do tempo e do espaço. Os fenómenos paranormales, mediúmnicos e místicos teriam por tanto cabida para estudo neste novo modelo da psique humana que tem desafiado os postulados estabelecidos pela ciência convencional.
Diversos estudiosos dos fenómenos paranormales têm tentado desenvolver metodologías de estudo mais ou menos formais. Entre ditas metodologías podem-se distinguir as seguintes.
Enfoque na recolección de evidência anecdótica
Muitos estudiosos do fenómeno dedicam-se a catalogar evidências anecdóticas, contagens de supostas testemunhas que afirmam ter presenciado um fenómeno paranormal. É um dos métodos mais comuns, ejemplificado pelo trabalho de Charles Fort (1874-1932), que reuniu umas 40.000 notas de fenómenos inexplicados, das que escreveu sete livros, dos quais perduran quatro: The Book of the Damned (1919), New Lands (1923), O! (1931) e Wild Talents (1932).
Os cépticos assinalam que dita metodología adolece de falta de falsabilidad (a imposibilidad de desenhar um experimento que prove a falsidade da afirmação), e de sesgo cognitivo (a tendência subjetiva do observador ou da testemunha a crer com maior facilidade certas afirmações conformes com sua visão do mundo) e outras falacias que invalidam dito enfoque.
Enfoque de participante-observador
Este enfoque consiste em que o observador se submerge no fenómeno estudado, supostamente o experimentando e o entendendo melhor. Tipicamente requer que o observador tenha um conhecimento de primeira mão do fenómeno visitando o lugar onde supostamente tem ocorrido. Por exemplo, um observador pode levar a cabo uma sessão espirista em uma casa embrujada. Os proponentes deste enfoque assinalam que tem raízes filosóficas na fenomenología.
A crítica cientista do método é similar à da evidência anecdótica, acrescentando-se que a subjetividad do observador se vê incrementada ao participar directamente. Menciona-se também a falta de sistematización na recolección de dados e os possíveis desvios introduzidos pelo observador (se compare com a metodología do dobro cego).
Enfoque experimental
Várias universidades do mundo e pesquisadores independentes estudam a parapsicología usando métodos experimentales (não necessariamente o uso do método científico, ou sua realização ao 100%), para tentar provar os fenómenos;. Um dos pioneiros neste campo foi J. B. Rhine (1895 – 1980).
[3]
A Sociedade Parapsicológica de EE. UU., fundada em 1957, foi admitida em 1969 na Associação Estadounidense para o Avanço da Ciência. Isto coincidiu com um renovado interesse em experimentos parapsicológicos nos anos setenta, que levaram inclusive a instituições como o Stanford Research Institute a efectuar experimentos em parapsicología, incluindo um com o famoso Uri Geller. Na URSS e nos países de seu âmbito de influência, teve também muito interesse no estudo da parapsicología nesses anos, que viram a fundação de múltiplas cátedras e sociedades estatais especializadas, que tentaram, em diversos graus, seguir um programa experimental. Entre elas estiveram a Academia de Parapsicología e Medicina (1970), o Instituto de Paraciencia (1971), a Academia de Religião e Investigação Psíquica, o Instituto para as Ciências Noéticas (1973), e a Associação Internacional de Investigação Kirlian (1975). Em Espanha existe a Sociedade Espanhola de Investigações Parapsicológicas (SEIP).
Os resultados experimentales proveniente destes esforços até agora não têm sido universalmente aceitados e em poucas ocasiões se aceitaram seus resultados para sua publicação em revistas científicas com peer review (revisão por pares), o método normal de difusão e aceitação de teorias científicas bem fundamentadas.
Para contrarrestar a crescente influência da parapsicología, também nos anos setenta se criaram uma série de organizações cépticas, principalmente o Comité para a Investigação Científica de Afirmações Paranormales (1976), agora chamada Committee for Skeptical Inquiry (Comité para a Investigação Céptica), junto com sua revista, o Skeptical Inquirer. Em Espanha a organização equivalente é aSociedade para o Avanço do Pensamento Crítico, telefonema por razões históricas ARP-SAPC, e o Círculo Céptico.
A opinião científica
A maioria dos cientistas mostram-se reacios a admitir ou negam a existência de fenómenos paranormales: segundo eles, estes supostos fenómenos não são observables de uma forma sistémica e repetible, com o que é impossível lhes aplicar o método científico. As críticas principais têm sido consignadas no apartado de metodología: sesgo do observador, ausência de repetibilidad e falsibilidad, recolección de dados pouco sistémica, evidência anecdótica, diversas falacias lógicas, subjetivismo. A isto se acrescenta o famoso princípio popularizado pelo astrónomo Carl Sagan, no sentido de que "afirmações extraordinárias requerem evidência extraordinária". Isto é, uma afirmação que se sai do comum, como por definição é qualquer afirmação sobre um fenómeno paranormal, não pode ser crida a não ser que a evidência em favor de dita afirmação seja abrumadora.
No mesmo sentido, os cépticos acusam com frequência aos estudiosos do paranormal de adolecer de uma excessiva credulidad, tomando como verdadeiras todas as afirmações paranormales sem submeter à menor crítica, ou directamente de ser charlatanes, de tentar enganar ao público com um propósito espurio, tipicamente económico.
Em todo o caso, segundo os cépticos, sim cabe uma possibilidade de considerar os supostos fenómenos parapsicológicos no campo da ciência: dentro da psicologia individual e social, não tanto como fenómenos reais senão como estudos na percepción e no desenvolvimento de crenças.
Temas paranormales
Veja-se: Anexo:ramos da parapsicología
Personagens famosas relacionados com o tema paranormal
Escritores famosos
- Madame Blavatsky: teosofía
- Charles Berlitz: ufología, triângulo das Bermudas
- Erich von Däniken: ufología, seudohistoria
- Christian Friedrich Samuel Hahnemann: homeopatia
- Lafayette Ronald Hubbard: dianética
- Allan Kardec: espiritismo
- Arthur Koestler: parapsicología
- Sir Oliver Joseph Lodge: espiritismo
- Henry Steel Olcott: teosofía
Autores hispanohablantes:
- Javier Serra
- J. J. Benítez (ufología, percepción extrasensorial, pseudohistoria)
- Fernando Múgica (ufología)
- Bruno Cardeñosa (qualquer fenómeno paranormal)
- Fernando Jiménez do Urso (qualquer fenómeno paranormal)
- Iker Jiménez (qualquer fenómeno paranormal).
Paranormalistas famosos
Algumas pessoas que têm afirmado ter poderes extrasensoriales. Ignoram-se fundadores de seitas, gurúes, bruxas, etcétera. A fonte é a enciclopedia de James Randi (reproduzido com licença).
- Uri Geller: telepatía, psicoquinesis, teletransportación.
- Daniel Dunglas Home: médium espiritista
- David Icke: canalizador e agorero
- Allan Kardec: médium espiritista
- Nina Kulagina: percepción extrasensorial (leitura digital), psicoquinesis
- Pai Pio: stigmata
- Jaime Maussan: ufologia
- Miroslaw Magola: psicoquinesis
Cépticos e críticos famosos
Veja-se também
- Pseudociencia
- Protociencia
- Fundação Educativa James Randi
- Anexo:Lista de lugares encantados
Referências
- ↑ Definição de J. E. Alcock (1981): Parapsychology - Science or Magic? A psychological perspective. Nova York: Pergamon Press, 1981.
- ↑«Gallup poll shows that Americans’ belief in the paranormal persists», Skeptical Inquirer, consultado o 28 de outubro de 2006.
- ↑ Encyclopedia of Occultism & Parapsychology edited by J. Gordon Melton Gale Research, ISBN 0-8103-5487-X
Enlaces externos
A favor:
- Associação Espanhola para o Estudo e a Investigação de Fenómenos Paranormales
- Investigações através de metodología paranormal
- Portal do Paranormal do Estado de Jalisco (México)
- Sociedade Espanhola de Investigações Parapsicológicas (SEIP)
- www.onipa.org Organização Nacional de Investigações Parapsicológicas
- Parapsychological Association (em inglês)
- Fenómenos Paranormales
- Foro Paranormal
Na contramão:
- Portal de Explicações Racionais ao Mundo Paranormal e Sobrenatural
- Sociedade para o Avanço do Pensamento Crítico
- Vínculos a associações cépticas em todo mundo
- Comittee for Skeptical Inquiry (em inglês)
- "Skeptical Enquirer" (em inglês)
- Wikiquote alberga frases célebres de ou sobre Paranormal. Wikiquote
